domingo, 31 de julho de 2011

MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

Pão é uma coisa mágica, enche as cestas e a casa

Quando comecei a cozinhar, havia duas coisas que eu não conseguia fazer direito: molho branco e pão. Devagar, errando um tanto e acertando outro, acabei aprendendo. Molho branco faço mais frequentemente. Já pão, só quando estou inspirada. E na 5a passada, 28/07, eu estava. Aí toca procurar uma receita leve e fácil. Achei essa aqui:

INGREDIENTES:
1 Kg de farinha de trigo
2 sachês de fermento biológico seco (20 g)
1 colher de chá de sal
6 colheres de chá de açucar
600 ml de água morna


MODO DE PERPARO:
Faça um monte com a farinha de trigo;
Esquente (só para ficar morno) os 600 ml de água e separe metade dela em uma vasilha. Em uma das metade de água, acrescente o açúcar e o sal e dissolva. Despeje essa água açucarada e salgada na "montanha" de farinha e comecea sovar. Vá misturando o restante da água e vá amassando tempo suficiente para a massa ficar homogênea e soltando da mão.
Numa vasilha polvilhada com farinha, deixe a massa descansar e crescer por 40 minutos (Ela quase dobra de tamanho). 
 
A massa depois do primeiro descanso. Grandona.
 
 
Aí volte a sovar por mais doi ou 3 minutos, modele no formato desejado e deixe descansar por mais 40 minutos. Esse segundo descanso é importante. Juro. Aí é assar. Aqui em casa demorou uns 20 min cada assadeira.

 
Uma das assadeiras já no forno. Padrão bolinha.
 
 
 
 
Aqui versão rosca recheada. Atentem para 
a textura do pão. Fica bem macio.
 
Rende um monte e é bem light, já que não tem nem ovo, nem óleo, nem leite. O sabor é bem neutro, vai com qualquer acompanhamento!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

BARUACA, O WAFFLE BRASILEIRO

Hoje, logo cedo, filha disse que tinha vontade de comer aqueles waffles norteamericanos. Por uma dessas coincidências que só a comida explica, em algum momento da noite de ontem lembrei da baruaca. 

 Baruaca, a panqueca nordestina

Quando eu tinha uns 11 anos, fui convidada para ir à fazenda da minha amiga Valéria, que morava no Guará 1, pertinho de Brasília. A propriedade era ali perto também. Fui com toda a família dela, que eu já conhecia porque eram todos alunos da Escola de Música de Brasília. Eram de origem mineira
e a fazenda, claro, refletia exatamente isso. Estou aqui lembrando da sala/cozinha, onde o fogão a lenha reinava soberano. E foi na chapa desse fogão, cuidadosamente untada com óleo (que vinha em lata naquele tempo), que um amigo da família começou a despejar a massa da baruaca. As rodinhas certinhas iam crescendo graciosamente e virando panquecas fofinhas e cheirosas.

As brincadeiras a respeito do nome (Baruaca X bruaca) só paravam quando o pai, ou a mãe, da Valéria puxavam mais uma moda na viola caipira. Parece clichê, né? Mas foi tudo assim mesmo. Á medida em que as baruacas ficavam prontas, as crianças iam sendo servidas. Umas passavam manteiga, outras mel e eu, pelo que me lembro, comi pura mesmo e achei bem gostosa. Pedi que o cozinheiro me ensinasse a fazer, porque já me arriscava no fogão nessa época. E chegando em casa, no fim do domingo, fiz para para meus irmãos e minha mãe. 

Hoje quando a filha falou dos waffles, veio a história inteira na cabeça. Santo Google ajudou a achar a receita e ensinou que Baruaca também se chama Bruaca e vem do Ceará, era uma alternativa à falta de pão ou de farinha de milho e que as crianças de lá (como as daqui) adoram. Pintou uma vontade? Então lá vai:
Ingredientes:
1 copo de farinha de trigo
1 copo de leite
1/2 copo de açúcar
Gotas de essência de baunilha
1 colher de sobremesa de fermento químico

Modo de preparo:
Misture tudo no liquidificador por uns 3 minutos;
Aqueça bem uma frigideira;
Pingue um pouquinho de óleo e espalhe com papel toalha, para untar bem e tirar o excesso; Coloque cerca de 1 concha cheia de massa no meio da frigideira e, quando fizer buraquinhos, vire o lado.




Sirva com geléia, Nutella, manteiga, requeijão, etc