quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

BAIÃO DE DOIS, PORQUE SÃO PAULO É UM PEDAÇO DO NORDESTE.

No domingo minha mãe ligou avisando que havia comprado feijão de corda na feira e que não sabia bem o que fazer com ele. E foi aí que propôs que eu fizesse um Baião de Dois. AMO. ADORO. Feijão e arroz, para mim, é uma combinação impossível de sair ruim. Tem na América Latina todinha, com variações na África e na Índia... Se juntar carne seca então... Topei fazer hoje, porque é feriado aqui em São Paulo, uma cidade que tem muitas faces, inclusive uma bem nordestina. É nessa faceta que me incluo e que gosto de estar. A faceta mulata, risonha, miscigenada, de bem com a vida, que dá a volta no anzol, se vira. Baião de Dois tem essa cara, não é? Então podem contar como mais uma comemoração pelos 458 anos da metrópole.

Nos meus livros de receita daquela coleção que veio junto com o jornal, o Baião de Dois tinha leite de coco e carne de sol. Achei estranho e minha mãe me veio com esta receita aqui do Cybercook. Receita na mão, fui às compras. Aliás, fazer comida é uma atividade que começa na concepção do prato, domingo, portanto, e vai até colocar as travessas na mesa. Ir às compras é, portanto, a etapa dois. Fui fazer as minhas num dos lugares que mais amo em São Paulo, o Mercado de Pinheiros. O lugar é fácil de chegar, é lindo, limpo, cheira a frutas de Natal, é muito claro, tem mil banquinhas com ingredientes incríveis e tem ótimos preços. Comprei tudo lá, menos o feijão (que estava no Canadá... rarara ups, não resisti) e gastei R$38,00. Numa comida que dá para quatro adultos, vale bem a pena, né? Só um detalhe, coloquei toucinho defumado (150g) para começar. Fritei um pouco e aí sim coloquei a linguiça.

Deixei a carne seca (comprei uma da Sadia, por indicação do dono da banca: "Leve produtos com selo do Ministério da Saúde e a carne da Sadia é mais macia", disse o simpático) dessalgando e coloquei o feijão para cozinhar. É rápido, viu? Coisa de 30 a 40min. Enquanto isso fiz as duas sobremesas. Sim, duas, claro! Aí, hoje de manhã foi cozinhar a carne e o arroz e seguir o passo a passo da receita. Usei só metade da garrafa de manteiga porque achei um copo um exagero. E não fez falta. Juro. De resto é Muito muito fácil.

O Baião foi servido às 13h45. Não tirei fotos na hora, mas tirei essa aqui para provar quanto estava delicioso.


Três adultos e duas crianças deram fim à iguaria

Bem, quanto às sobremesas, vou escrever após o cochilo. Porque depois de um prato (dois, ok) de Baião de Dois, só uma soneca salva!