A Liberdade tem um preço. R$ 81,60, no caso.
Verdade. Tirando as passagens de metrô de ida e volta, isso foi o que gastei numa esticada até o bairro japonês com a molecada. A gente tinha que comprar os legumes e as verduras da semana, mas eu estava sem saco para ir à feira e eles sem ânimo para ir ao super-mercado. De repente baixou a inspiração: Vamos para a Liberdade. Lá tem uns mercados incríveis, hoje é dia de feira de artesanato e, de quebra, a gente leva comida japonesa para almoçar. Toparam em menos de 30 segundos, claro.
Vinte minutos depois estávamos no metrô. O caminho para a Liberdade é o trem. É a melhor opção. Embora no domingo seja um pouquinho mais lento, para na porta, é vazio e sustentável. Chegamos cedo, então ainda não estava tudo lotado. As barrcas ainda estavam sendo armadas e o cheiro de camarão frito ainda não dava o ar da graça. Começamos descendo a Galvão Bueno. Parada obrigatória naquele mercado que fica no no. 34. Minha filha traduziu: "Isso aqui é uma perdição". E é mesmo. Enquanto o filho se acabava na escolha dos sushis e dos sashimis, ela ficava em dúvida entre os biscoitos de chocolate, ou de ursinho recheado. Eu me perdi primeiro entre os shimejis e shitakes vendidos por um terço do preço praticado no Pão de açúcar e metade do preço pedido na feira. Depois surtei entre as cerâmicas de servir, de chá, de apoiar o hashi. É muita coisa linda e barata junta.
Tem muita tranqueira também. Coisa misturada. China com Japão, meio Paraguai. Mas é só desviar o olhar e continuar descendo a Galvão Bueno. Voltamos à feirinha, que já estava de pé, atravessamos a cortina de fumaça de camarões fritos (quase irresistível), mas atravessamos rápido o suficiente para não impregnar na roupa. Cada criança ganhou um enfeitezinho de porta. O do filho de peixe, claro. O da filha, de flor, claro! Voltamos para o metrô e desembarcamos em casa cheio de sacolas e imersos nos ares do Japão que habitam nossa cidade. Recomendo!
Eu ando por aí e vejo uma São Paulo, ou outra cidade, e muito me dá o que falar. Eu fico por aqui bolando alquimia entre ingredientes e muito me dá o que cozinhar.
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domingo, 26 de agosto de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
JAZ UM MODELO - e nada inteligente surge no lugar
Acabo de voltar da minha última compra de mês num grande supermercado. Última, porque voltar com a cabeça explodindo, irritada com o mundo, com vontade de mandar o Abílio Diniz à merda, em nada combina com a suposta alegria que uma cozinheira-gordola como eu devia sentir ao voltar desse templo das compras.
Essa ideia de jerico de retirarem as sacolinhas de plástico SEM COLOCAR NADA INTELIGENTE no lugar foi o tiro de misericórdia nesse modelo de compra que eu insisti até hoje em fazer. Não vou nem entrar no mérito da eco-eficiência da medida (da qual duvido fortemente, mas não tenho saco de discutir), mas sim falar da tremenda falta de sacanagem dessa arbitrariedade. Vamos lá... Família de 4 pessoas (dois adultos, duas crianças em idade escolar), de classe média, moradora do anel central da cidade de São Paulo. Calculem rapidamente o valor da compra e a quantidade de produtinhos e produtões que eu carrego em meu carrinho. Trata-se de um enrosco para mim e uma alegria para os abílios diniz, certo? Certo. Só que ONDE VOU ENFIAR TUDO ISSO, seu Abílio?
Não há caixas de papelão nos supermercados. Já repararam? E as simpáticas mocinhas dos caixas nunca conseguem me ajudar. Hoje, por exemplo, a gordinha enfarruscada que me atendeu, ao ser indagada se havia caixa, respondeu "se não tem aí, nem lá na frente, não tem". Insisti: "E como eu faço? Vou ter de comprar 10 dessas ecobags, a R$ 7,00 cada uma?. E ela deu de ombros... "Não sei. Vou chamar alguém". Botou a luzinha para piscar e continuou passando os produtos. O alguém nunca veio... Por sorte, vi um camarada com crachá do WalMart e pedi uma ajuda, pedi as caixas. Esse moço sim foi rapidinho.
Depois perguntei se existia alguém para me ajudar a carregar... GZUIS, na Mahogany, na MMartin, na Arpege, as vendedoras fazem questão de carregar a sacola até a porta da loja. Morro de constrangimento, digo que eu mesma carrego, mas elas insistem... Por que, num supermercado, uma pessoa cheeeeia de produtos, não recebe um décimo dessa atenção?
Não treinam as moças dos caixas, retiraram os empacotadores, que ajudavam um bocado, agora as sacolinhas. Não deram nenhum desconto, o preço de nada baixou e insistem em me convencer que o supermercado é lugar de gente feliz. Os abílios estão rindo da minha cara porque economizaram um montão, encheram as burras de dinheiro e eu só me estrepo!!!! Aliás, eu e todos os consumidores que acham lindo ir com seus novos carrinhos de compra, suas caixas dobráveis, suas ecobags e suas sacolas de compra da Natura e não se dão conta de que houve aí uma sucessão de sacanagens e não de inteligência e respeito com o meio ambiente...
Desabafo feito, vou repensar junto com o maridão como vamos encarar esses novos tempos. Compra de mês no esquema anos 1990, never more!
Essa ideia de jerico de retirarem as sacolinhas de plástico SEM COLOCAR NADA INTELIGENTE no lugar foi o tiro de misericórdia nesse modelo de compra que eu insisti até hoje em fazer. Não vou nem entrar no mérito da eco-eficiência da medida (da qual duvido fortemente, mas não tenho saco de discutir), mas sim falar da tremenda falta de sacanagem dessa arbitrariedade. Vamos lá... Família de 4 pessoas (dois adultos, duas crianças em idade escolar), de classe média, moradora do anel central da cidade de São Paulo. Calculem rapidamente o valor da compra e a quantidade de produtinhos e produtões que eu carrego em meu carrinho. Trata-se de um enrosco para mim e uma alegria para os abílios diniz, certo? Certo. Só que ONDE VOU ENFIAR TUDO ISSO, seu Abílio?
Não há caixas de papelão nos supermercados. Já repararam? E as simpáticas mocinhas dos caixas nunca conseguem me ajudar. Hoje, por exemplo, a gordinha enfarruscada que me atendeu, ao ser indagada se havia caixa, respondeu "se não tem aí, nem lá na frente, não tem". Insisti: "E como eu faço? Vou ter de comprar 10 dessas ecobags, a R$ 7,00 cada uma?. E ela deu de ombros... "Não sei. Vou chamar alguém". Botou a luzinha para piscar e continuou passando os produtos. O alguém nunca veio... Por sorte, vi um camarada com crachá do WalMart e pedi uma ajuda, pedi as caixas. Esse moço sim foi rapidinho.
Depois perguntei se existia alguém para me ajudar a carregar... GZUIS, na Mahogany, na MMartin, na Arpege, as vendedoras fazem questão de carregar a sacola até a porta da loja. Morro de constrangimento, digo que eu mesma carrego, mas elas insistem... Por que, num supermercado, uma pessoa cheeeeia de produtos, não recebe um décimo dessa atenção?
Não treinam as moças dos caixas, retiraram os empacotadores, que ajudavam um bocado, agora as sacolinhas. Não deram nenhum desconto, o preço de nada baixou e insistem em me convencer que o supermercado é lugar de gente feliz. Os abílios estão rindo da minha cara porque economizaram um montão, encheram as burras de dinheiro e eu só me estrepo!!!! Aliás, eu e todos os consumidores que acham lindo ir com seus novos carrinhos de compra, suas caixas dobráveis, suas ecobags e suas sacolas de compra da Natura e não se dão conta de que houve aí uma sucessão de sacanagens e não de inteligência e respeito com o meio ambiente...
Desabafo feito, vou repensar junto com o maridão como vamos encarar esses novos tempos. Compra de mês no esquema anos 1990, never more!
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