sábado, 7 de abril de 2012

Sábado, aleluia!

O almoço aqui, em geral, começa na noite anterior, quando passo o freezer em revista e, a partir das opções que temos ali, vejo as preferências de cada um que vai almoçar em casa. A carne escolhida foi uma picanha. Ontem era dia de peixe, então hoje precisamos de um bovino para alimentar as células mais carnívoras. Nossa picanha já veio em bifes e, por isso, precisava de um tratamento especial. Picanha não pode endurecer.É uma espécie de crime.

Aliás, sempre que penso em carne mal-tratada, lembro de uma moça que trabalhou aqui em casa. Um dia cheguei da faculdade e, ainda no elevador, podia ouvir um barulho seco de marteladas tum tum tum tum. Entrei em casa e o barulho vinha da cozinha. Quando entrei naquele ambiente vi a moça debruçada sobre a tábua de carne, golpeando uns bifes sem dó. Sem nenhum dó. "Eram filés-mignons", lembrei... e contive uma lágrima que queria escorrer do meu olho esquerdo, enquanto ela me explicava taxativa que se não bater, a carne não amolece.

Carnes são como mulheres dengosas, precisam ser tratadas com carinho e do jeito certo. Cada carne, uma sentença. A nossa picanha daqui precisava de manteiga, sabia isso só de olhar. Aí lembrei de um amigo que fazia uma pasta de manteiga com ervas e colocava sobre os bifes depois de fritos. E resolvi fazer algo assemelhado. Vamos lá:

(Receita para seis bifes de picanha com 1 cm de altura)

4 colheres fartas de manteiga em temperatura ambiente (não me venha com margarina, pelamor)
2 dentes de alho bem picadinhos
uma pitada gorda de alecrim (do meu jardim)
uma pitada de manjericão fresco.

Misture tudo e passe sobre os bifes e deixe tomando gosto por 1h mais ou menos. Cubra com alumínio e , depois, forno. Calculo que entre 40 e 45min esteja pronto.

Acho que vai precisar corrigir o sal, mas não quis arriscar para não endurecer a carne. Está no forno neste momento. Aviso o que deu já já.

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