domingo, 22 de julho de 2012

É DIA DE FEIRA




Quem sempre viveu em São Paulo não faz ideia da maravilha que é uma feira livre. É dos meus passeios favoritos. Se o domingo é de sol então, triplica a alegria. Assim que os filhotes cresceram um pouco, comecei a levá-los comigo e criei uma dinâmica nova: começamos pelo finalzinho da feira (onde sempre estão os peixes e as flores) e vamos subindo. Eu venho pela direita, pegando as verduras, os legumes e - principalmente - os temperos! E eles vem pela esquerda, provando as frutas. Cada um tem direito de escolhes dois tipos, daí porque experimentar é importante. Na verdade, foi um truque que inventei para fazê-los ter prazer em comer umas frutinhas, descobrir variedades novas e, assim, tomar gosto pelos vegetais. Funcionou. 










Hoje fomos à feira da Oscar Freire, a que frequentamos mais. E começamos pelo começo, já que depois de 15 anos de bons serviços prestados, meu carrinho de feira arriou, partiu no meio. Escolhemos um modelo Gol 1000, que deve nos acompanhar pelos próximos 10 anos, segundo o feirante. Aí combinamos de descer sem fazer nenhuma parada. Direto para o fim da feira, onde faríamos o trajeto habitual. Mas foi impossível cumprir o plano. Bem no meio do viaduto tem uma barraca de frutas de um cabeludo muito engraçado. Ele pulou na frente dos meninos e ofereceu uma espécie de ameixa, um híbrido de ameixa com pêssego chamado BlackBlack. Foi amor sem volta. As crianças comeram um monte e eu também. É especial. Aí combinei com ele de primeiro pegar os legumes, as verduras e os temperos e depois estacionar lá. 


O filho ficou triste que passamos direto pelo camarão. "Hoje não", mas gostou de provar os temperos feitos com ervas na barraca da velhinha nossa amiga. Primeira parada: Cheiro verde. Pedi um caprichado, com manjericão e hortelã. Ganhei de brinde pimentas de biquinho... Depois alface e a barraca da bacia. Enquanto eu decidia entre batata-doce ou mandioquinha, os meninos foram às frutas: melancia para ele, abacaxi para ela.. Subimos um pouco mais e, aí sim, o cabeludo começou a farra: pêssego, blackblack, mamão e manga. O corinthiano da barraca vizinha ficou com ciúme e trouxe um melão espanhol. Filho provou e gostou. Filha tomou coragem, provou e não curtiu. Cuspiu. Mas é o combinado. Não dá para não gostar sem antes experimentar. Shimejizinho mais adiante, tomatinho-uva mais para cima. Filho faz amizade com um cachorro chamado Frederico, que passa a segui-lo pela feira toda. Por fim, estação pastel. Seis pastelecos de sabores variados e mais um doce de brinde. Eu não como, falta fígado para tanto, mas vale para ouvir os comentários enquanto a gente espera: "Cheiro de pastel, não tem nada igual!", profere o guri. E a guria arremata: "Vamos andando, porque ir na feira me dá vontade de caminhar e de comer fruta!".








PS: E de lambuja, a casa fica parecendo uma fazenda. Cesta com batata, cebola e alho. Cesta de pães caseiros. Jarra com tempero e fruteira carregada. Fica cheiroso e fica bonito também.



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